Conheço muitos lojistas no e-commerce que contratam meios de pagamento sem entender direito as opções e como elas funcionam. Alguns já tem contrato diretamente com a “bandeira” de cartão, por exemplo, Cielo na loja física e querem usar este contrato para vender on-line para aproveitar uma taxa baixa já negociada anteriormente. Não é a bandeira que você contrata, é o adquirente, bandeira serve para regular o uso do cartão e para fazer a ponte entre a adquirente e o banco do consumidor. Parece confuso, e é realmente, mas vou explicar as diferenças.
Contratar o adquirente diretamente, a princípio trás a vantagem de se conseguir taxas menores. Mas há uma pequena armadilha, principalmente para os pequenos e-commerces e iniciantes: O sistema antifraude da transação tem que ser contratada à parte. Os adquirentes têm um foco mais estreito na segurança em comparação com os gateways. Eles se concentram principalmente na autorização e na transferência de fundos. Embora ainda tenham medidas de segurança em vigor, seu principal papel é verificar a autenticidade do cartão e garantir que a transação seja válida e não lidar com as fraudes.
Um gateway, como Pagseguro, Mercado Pago, Vindi, Pagar.me, entre outros, são intermediários entre o adquirente e você. Por exemplo: O cliente pode comprar usando um cartão da Cielo passando pelo gateway, são eles que fazem os contratos diretamente com os adquirentes e “bandeiras”. Como eles têm um volume enorme de transações, eles conseguem uma taxa muito baixa e colocam uma margem em cima e é esta taxa que você paga para o gateway. Além disso eles próprios contratam os sistemas de antifraude e aprovada a transação, garantem que o lojista vai receber pela venda.
Colocando na ponta do lápis, contratar todos os adquirentes mais os sistemas antifraude não é vantajoso para o pequeno. Além de ter que administrar vários contratos, ter que coordenar a integração entre seu sistema, o adquirente e o serviço de antifraude, fica mais caro. O gateway permite que você venda com todas as bandeira e bancos e tornam a transação mais segura contra fraudes em um único contrato.
DICA: também é possível negociar as taxas com os gateways, a princípio parece que esta opção não existe, com um pouco de volume de vendas é possível fazer um “leilão” entre eles a seu favor.
Resumindo: O Gateway normalmente é mais vantajoso para o iniciante, mas conforme o volume de transações vai aumentando pode ser que contratar as “bandeiras” diretamente mais o antifraude seja mais vantajoso, principalmente para quem já tem volume de vendas nas lojas físicas. Ao incluir a venda online no contrato com a bandeira o lojista pode conseguir taxas ainda mais atrativas para ambas.
Se você tiver dúvidas os especialistas da Commercelab podem fazer uma análise mais detalhada para você.
Segue um lista de gateways e adquirentes e seus prós e contras.
Adquirentes
- Cielo:
- Prós:
- Amplamente reconhecido e utilizado no Brasil.
- Oferece um conjunto abrangente de soluções de pagamento, incluindo maquininhas de cartão e pagamento online.
- Integração com diversas plataformas de e-commerce.
- Contras:
- As taxas podem ser mais altas para negócios de menor porte.
- Pode ter menos flexibilidade em relação a métodos de pagamento online em comparação com gateways de pagamento.
- Prós:
- Rede (antiga Redecard):
- Prós:
- Uma das maiores adquirentes do Brasil, amplamente aceita.
- Oferece soluções de pagamento offline e online.
- Integração com diversas plataformas de e-commerce.
- Contras:
- As taxas podem ser mais elevadas para negócios de menor porte.
- Algumas reclamações em relação ao suporte ao cliente.
- Prós:
- GetNet:
- Prós:
- Pertence ao Grupo Santander, o que pode ser vantajoso para clientes desse banco.
- Oferece opções de pagamento online e offline.
- Integração com várias plataformas de e-commerce.
- Contras:
- Taxas podem variar dependendo do contrato e do volume de transações.
- Nem sempre é a primeira escolha para empresas que não são clientes do Santander.
- Prós:
- Stone:
- Prós:
- Taxas competitivas e flexibilidade nas opções de pagamento.
- Suporte ao cliente bem avaliado.
- Oferece serviços tanto offline quanto online.
- Contras:
- Pode não ser a melhor escolha para negócios que necessitam de soluções específicas de e-commerce.
- Prós:
- Adquirentes Internacionais (como a Mastercard):
- Prós:
- Reconhecimento internacional e aceitação global.
- Processamento de pagamentos internacionais.
- Integração com várias plataformas de e-commerce.
- Contras:
- Geralmente não são adquirentes em si, mas bandeiras de cartão que dependem de parcerias com adquirentes locais para processar transações.
- As taxas podem ser mais elevadas para transações internacionais.
- Prós:
Gateways
- PagSeguro:
- Prós:
- Ampla aceitação de métodos de pagamento, incluindo cartões de crédito, débito, boletos e transferências bancárias.
- Facilidade de integração com diversas plataformas de e-commerce.
- Oferece ferramentas para gerenciamento de vendas, emissão de boletos e conciliação financeira.
- Contras:
- Taxas podem ser relativamente altas em comparação com outras opções.
- Alguns usuários relatam problemas de atendimento ao cliente.
- Prós:
- Mercado Pago:
- Prós:
- Aceita várias formas de pagamento, incluindo cartões, boletos e transferências bancárias.
- Integração fácil com a plataforma Mercado Livre, o que é benéfico para vendedores nessa plataforma.
- Ferramentas avançadas de prevenção de fraudes.
- Contras:
- Taxas podem ser elevadas para vendedores de pequeno porte.
- A liberação de fundos pode demorar em alguns casos.
- Prós:
- PayPal:
- Prós:
- Reconhecido internacionalmente e aceito em muitos países, o que pode ser vantajoso para negócios internacionais.
- Boas medidas de segurança.
- Integração relativamente simples em sites de e-commerce.
- Contras:
- Taxas podem ser mais elevadas em comparação com alguns concorrentes locais.
- Nem sempre é a primeira escolha dos consumidores brasileiros.
- Prós:
- Wirecard (Moip):
- Prós:
- Boas taxas para empresas de pequeno e médio porte.
- Possui integração com várias plataformas de e-commerce.
- Oferece opções de pagamento recorrente.
- Contras:
- Menos opções de pagamento em relação a alguns concorrentes.
- Alguns clientes relataram problemas de suporte ao cliente.
- Prós:
- Vindi:
- Prós:
- Especializado em pagamento recorrente, o que o torna adequado para negócios com modelos de assinatura.
- Oferece uma variedade de opções de pagamento, incluindo cartões de crédito, boletos e débito em conta.
- Integração com diversas plataformas de e-commerce.
- Contras:
- As taxas podem ser mais altas em comparação com algumas opções para negócios de menor porte.
- Alguns recursos avançados podem ser excessivos para empresas de pequeno porte.
- Prós:
- Pagar.me:
- Prós:
- Integração fácil com várias plataformas de e-commerce.
- Taxas competitivas, especialmente para negócios de alto volume.
- Oferece ferramentas avançadas de prevenção de fraudes.
- Contras:
- Alguns recursos podem ser complexos para iniciantes.
- Suporte ao cliente pode variar em qualidade.
- Prós:
Resumo:
Muitos lojistas de e-commerce cometem o erro de escolher os meios de pagamento sem entender completamente suas opções e funcionamento. Alguns tentam utilizar contratos de bandeira de cartão já existentes, da loja física, para vendas online, pensando que isso garantirá taxas baixas previamente negociadas.
Contratar diretamente um adquirente pode, em princípio, oferecer taxas mais baixas, mas isso pode ser complicado, especialmente para pequenos e-commerces e iniciantes. Isso ocorre porque a solução antifraude da transação deve ser contratada separadamente. Os adquirentes focam principalmente na autorização e transferência de fundos, com menos ênfase em segurança, ao passo que os gateways, como Pagseguro, Mercado Pago, Vindi e Pagar.me, agem como intermediários entre o adquirente e o lojista.
Os gateways têm contratos diretos com adquirentes e bandeiras, o que lhes permite negociar taxas mais baixas devido ao alto volume de transações. Além disso, eles cuidam dos sistemas de antifraude e garantem o pagamento ao lojista após a aprovação da transação. Para pequenos negócios, contratar vários adquirentes e sistemas antifraude individualmente é desvantajoso e caro, pois envolve a gestão de vários contratos e integrações. Optar por um gateway permite vender com diversas bandeiras e bancos, tornando as transações mais seguras contra fraudes em um único contrato.